Afinal, o que é ser pai de um felino?

Kimbo, Dumont e Dupont atacam Pedro Silva, quando tinham 1 mês

Ser pai de gatos é primeiramente ter compaixão no coração e saber que todas as criaturas da terra são de Deus e merecem amor, carinho e respeito. Para mim, já começa por aí. E, depois?

Ah, miauuu... Depois são muitas bolinhas de papel, sacos, caixas de papelão e móveis confortáveis para dormirmos e brincarmos feito cat-anjos

E, quando alguma coisa está errada, ele não hesita em nos levarmos ao tio vet. Dessa maneira felina de ser, eu falo desses pais de gatos (e também porque não de outros animais?), bichos espalhados pelo mundo que recebem tudo isso e muito mais dos seus humanos.

E, para vocês, humanos de honra,e principalmente para o meu papai Thiago, eu desejo um Feliz Dia dos Pais!

Para este dia tão especial, eu fiz um ping-pong com um grande papai de gatos. Ele é o Pedro Silva, de Belém do Pará. Para ler, clique no link abaixo.

Kimbo, horas depois de nascer

Esse amor nasceu de longe, por volta de 1994. “Minha prima teve sua primeira poodle e, em seguida, veio um gato. Com o tempo, percebi que tinha dia que eu ía na casa dela e acabava a passar mais tempo com os bichos do que falando com ela.”

O primeiro gato que ele poderia chamar dele mesmo, nasceu durante a copa de 98 e foi batizado de Taffarel. “Ele já não está entre nós, e só em 2005 que recebemos nosso gato mais velho, o Madruguinha".

E qual foi o que mais marcou? “Foi mesmo o Madrugão por conta que ele veio aqui em casa num momento bem difícil que a família passava, acabou que ele virou a alegria da casa e conseguimos passar por esses tempos com muito mais calma”, revela.

Madruga Jr e o filho Namaguideras

As famílias felinas se constroem de onde menos se espera. “Em 2007 achei na rua suja e faminta a nossa outra gata, a Tetê, e um ano depois eles tiveram filhotes. Deles, ficou aqui em casa o filho Madruga Jr e por conta de superlotação do apartamento o pai e uma das filhas tiveram que ir morar na casa de praia da família onde estão indo bem até hoje. Neste momento temos oficialmente a Tetê, Madruga jr e 4 filhotes”.

E quando a brincadeira chega à conversa, sabe o que ele diz, gente? “Tento brincar mas é impossível acompanhar. Primeiro jogo bolinhas de papel ou qualquer coisa que podem chamar a atenção, mas quando a gente repara eles já estão pulando no sofá, dali pra mesa, escalando o outro móvel e assim por diante. A primeira coisa é que eles nunca vão brincar com as coisas de brincar, a casa é o brinquedo deles e a única coisa que temos que fazer mesmo é sair da frente e se divertir assistindo a zona que eles vão aprontar”.

Gata Tete, 4 anos

Pedro confessa que adora registrar momentos de seus gatinhos, especialmente quando estão dormindo. Ah, ele é um super pai! Eu não hesito e pergunto o que esta convivência significa para ele. Tem palavras para explicar o amor pelos seus gatos ou pelos animais em geral?

“Significa muito pra todos nós. Acho que estou no nível de cuidar dos gatos como se cuidasse de um filho. Falam muito isso de que gato é independente até demais e só ligam pra eles mesmos, que sabemos que não é verdade. Notei várias vezes que quando estava doente ou passando mal os gatos vinham ficar aqui do meu lado, ia dormir com febre e quando acordava eles todos estavam deitados ao meu redor, dava pra ver que tinha uma preocupação verdadeira da parte deles e a vontade de nos fazer companhia.”

Madruga Jr e a filha Marie

Em breve, o Pedro estará casado e com a casa cheia de gatinhos. Pois é, sua noiva também é assim de coração gigante e gosta muito de nós gatinhos! U.ú, que legal, né?

E para fechar eu o perguntei como seria o Dia dos Pais na casa dele. “Vai ser ao lado dos gatinhos sim e para tanto já está guardado um belo banquete de sachê e ração como pede qualquer comemoração em família.” 

Madrugão pai, quase 6 anos