Um novo lar para Johnny

“O Johnny, o bichinho, oh meu Deus”. Com estas palavras tristes, a mamãe falava de meu querido amigatinho, que levou uma pedrada e ficou cego de um olho. Ele partiu da minha casa ontem pela manhã, para seu novo lar - a casa da tia Isabel.

Lá tem um quintal grande, tem cachorros, três gatos (o terceiro foi mamãe que deu também), um galo, e uns bichinhos que parecem uns patinhos, mas não sei qual o nome. Mamãe disse que ele vai conviver com vários animais.

Preocupada em saber como estava “Jon Jon”, mamãe ligou a noite para saber notícias, pois na manhã, quando Johnny saiu da caixa de transporte em seu novo lar, escondeu-se dentro de alguns sacos. Mamãe foi lá, fez carinhos e foi embora, deixando-o naquele ambiente em que tudo era novidade e ao mesmo tempo tão inseguro para meu amigatinho. Por isso que mamãe ficou com o coração tão apertado e nós gatinhos daqui de casa também.

Mas como Deus é muito bom com todos nós, fomos informados que ele já estava se entrosando com os outros gatos, já tinha comido e que estava bem. Quando vi um largo sorriso nos lábios de minha mãe, pude constatar que tudo estava realmente como esperava.

“Sei que ele está em boas mãos, se adaptará rápido ao novo lar e ganhará muito amor. Johnny fará falta no condomínio. Não consigo olhar o mesmo sem fazer esta ligação, mas estou convicta que não dormirá mais no sol, como muitas vezes o vi, e principalmente, não sofrerá a crueldade das mãos de humanos perversos, que lhe tirou uma das maiores riquezas desta vida, o olhar”, finaliza mamãe.

Johnny acabara de completar quase um mês de uma luta pela vida. Tomou banho e foi castrado na última quarta-feira com o método mais moderno que não dá pontos, mas leva anestesia na cirurgia para evitar dor.

Reconhecimento
Eu, Lili agradeço em meu nome e em nome de meus pais a todos que ajudaram nesta luta, Dra. Silvana Gonçalves, veterinária especializada em visão, Dra. Márcia Vanessa, veterinária que o acompanhou quando estava hospitalizado, Dra. Daniela, veterinária que tratou as sarnas, Dr. Portela, veterinário que realizou a castração e a Iolanda Lene, amiga protetora dos animais.